sábado, 6 de julho de 2013

A AREIA E O DESERTO


 LUIZ MARTINS DA SILVA



Oh! Minha cólera! Escuta-me!

Atina-te, ainda que por um átimo.

Sabias que todos os sábios reverenciam

O que há de infinito num grão de areia?



Adia, enquanto é sóbria, a tua pedra.

O que há de grandioso em depredar?

Acaso, não te contentas em contemplar

A magnitude que te reflete no espelho?



Tua superioridade é tanto quanto

És capaz de se ater ao mínimo encanto

De que o Universo começa numa letra.



Toda a partitura cósmica parte de uma nota,

Que nunca se repete, desde o pingo da chuva

Ao enxoval de lágrimas que já o tem por perto.

AS INCERTEZAS DA COR- útimas postagens

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