LUIZ MARTINS DA SILVA
Cadê
a criança que estava aqui?
O
gato comeu. E ninguém viu.
Cadê
o gato? Foi pra balada,
Bailar
com ela, outros babados.
Cadê
a criança que estava aqui?
O
lobo levou. E foram, tatuados,
Acampar
numa selva de pedras,
Pedras
rolantes, de rios de rock.
Eis
que um dia a criança volta,
Sem
gato, sem lobo, sem grilos,
Com
aquele sorriso de engana pai.
E,
então, você nem fala de insônias,
Só
papo-cabeça de recontar sonhos,
Sonhos
desses de se sonhar juntos.