Imagem- Austrália post (agência M&C Saatchi, Melbourne)
Hora de fazer balanço, .
Ou nada, só o pretexto
De ficar mandando versos,
Pelo que muito agradeço.
Sua leitura foi chama,
Soprada brasa de alento.
Por vezes, em verde lenha
A me avultar pensamentos.
Escrever, tela, alguém em mente,
Recebendo uma mensagem,
Abrindo de um manto um poema:
Formando imagens, paisagem.
Distância a lembrança encurta
No quanto a memória é prece,
Pessoas queridas por perto,
No sopro de tons da saudade.
Difícil o manejo da flauta,
Composição, escritura.
Imagine o leitor, sacrifício,
Em dar-me gosto, leitura.
Pretensão, sim, foi a minha
De lhe eleger, em assédio,
Mas, o que fazer da vinha?
Sem você ela é vinagre.
Luiz Martins da Silva - Poeta, jornalista, professor da Faculdade de Comunicação da Unb.
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