quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
PÃES E FILHOS
Luiz Martins da Silva
Uma vida no eito,
Não a fiz sozinho.
Por vezes, o jeito,
Ser bom vizinho.
Noites adentro,
Rendendo horas.
O bule na trempe,
O vento lá fora.
Formigas percorrem
Incansável trilho.
Os fardos da honra
No amolde dos filhos.
Herança paterna,
Tantos irmãos.
Partilha eterna
De mínimos grãos.
Franciscanos votos
De sóbria nobreza.
Sonhar com netos
É da natureza?
Tecendo caráter,
Alinhavos de vida.
Primitivo tear
De tamanha lida.
Dedilhar uma lira,
Dar-se ao capricho.
Aspereza de lavra,
Ser mais que um bicho.
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