domingo, 6 de julho de 2014

DÉJÀVU









Às vezes, chegam-me refletidas das memórias; fotografias.

São nítidos lugares, cenas matinais, rostos e jardins.

Pontes em arcos, rio lento deslizando entre eles.

Chegam-me em  flashes:  degraus de escadas e quintais.

Silencio e observo a fumaça das cores diluírem-se com as águas do rio.

Em que lugar das lembranças escondem-se esses dias

Onde ficaram escritos, em que livros se perderam.

Em que paredes  ocultas  amordaçaram-se no corredor 

dos séculos, os fragmentos vitrais das vidas
.



Luísa Ataíde

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