Outrora, bandeiras de guerra e paz eram precedidas por missivas lacradas por brasões reais : a importância vital da escrita. Mensageiros corriam bosques noturnos e corações apaixonados abriam cartas num ritual de paixão e fé. A materialização em papel da palavra foi gradativamente silenciando-se diante das mensagens virtuais do século XXI : a modernidade a favor da saúde do planeta. A língua, entretanto, tende a ser modificada pela usual aglutinação das vogais e alteração da grafia: a cotidiana comunicação eletrônica.
Escritores são narradores e registradores das histórias que cruzam o círculo planetário. Fictícios ou biográficos os textos buscam, antes de tudo, seduzir o leitor. Os alquimistas da palavra misturam os verbos, refazem a frase, destilam incessantemente , aspiram e entregam o produto final: a narrativa.
Escrever é antes de tudo o exercício de domar a língua sob a inércia ou frenesi da imaginação. É a busca do equilíbrio entre a palavra culta e a que atrai . Se a narrativa esmerar-se em linguagem o leitor torcerá o nariz e afastará o cálice. Se pecar pela vulgaridade será de igual forma preterida. A linguagem escrita apóia-se na possibilidade de tornar-se visual ou a história não tomará forma na imaginação de quem lê e o ruído de um livro fechando-se irá silenciar a voz do autor.
Escritores são homens comuns, enfeitiçados, porém , pelo efeito da palavra. Edificam e destroem cidades, sopram sons e luz sobre a escuridão do nada. Sãos os Merlins riscando as linhas da vida. Contudo, somos todos dotados deste dom divino de decidir destinos quando diuturnamente escrevemos nossas biografias. Somos personagens de nós mesmos e coadjuvantes na história dos outros. Somos todos, então, escritores: todas as nossas ações ficam gravadas. Se imaginamos um livro com páginas amareladas pelo tempo ou um minúsculo chip gravitando no cosmo é exercício mental de cada um. Há, contudo, o inevitável caminho de ser leitor: um dia leremos juntos o grande Livro da Vida.
Escritores são narradores e registradores das histórias que cruzam o círculo planetário. Fictícios ou biográficos os textos buscam, antes de tudo, seduzir o leitor. Os alquimistas da palavra misturam os verbos, refazem a frase, destilam incessantemente , aspiram e entregam o produto final: a narrativa.
Escrever é antes de tudo o exercício de domar a língua sob a inércia ou frenesi da imaginação. É a busca do equilíbrio entre a palavra culta e a que atrai . Se a narrativa esmerar-se em linguagem o leitor torcerá o nariz e afastará o cálice. Se pecar pela vulgaridade será de igual forma preterida. A linguagem escrita apóia-se na possibilidade de tornar-se visual ou a história não tomará forma na imaginação de quem lê e o ruído de um livro fechando-se irá silenciar a voz do autor.
Escritores são homens comuns, enfeitiçados, porém , pelo efeito da palavra. Edificam e destroem cidades, sopram sons e luz sobre a escuridão do nada. Sãos os Merlins riscando as linhas da vida. Contudo, somos todos dotados deste dom divino de decidir destinos quando diuturnamente escrevemos nossas biografias. Somos personagens de nós mesmos e coadjuvantes na história dos outros. Somos todos, então, escritores: todas as nossas ações ficam gravadas. Se imaginamos um livro com páginas amareladas pelo tempo ou um minúsculo chip gravitando no cosmo é exercício mental de cada um. Há, contudo, o inevitável caminho de ser leitor: um dia leremos juntos o grande Livro da Vida.
L.A
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